EDUCAÇÃO
Nivel de alfabetização pelo planeta inteiro: veja as desigualdades do sistema de ensino em cada região do mundo, ampliando a imagem.
Ao ver esse mapa mundi posso quase acreditar que é um serviço sério! Se infelizmente, não tivesse conhecimento da educação no Brasil, esse vicejante verde, não representa a realidade de alfabetização do Brasil, portanto posso duvidar dos demais.
Faço parte do corpo de docentes de Ensino Fundamental II, na Região Sudeste e vejo diariamente a falta de conhecimento dos referidos alunos, alguns sequer gaguejam textos e se encontram neste ciclo, mas a aprovação 100% campeia, É mais importante registrar estatísticas maquiadas, do que haver um efetivo esforço, no sentido de uma real preocupação com o aprendizado, pois as aprovações, garantem verba, já as reprovações - NÃO!
Alunos sequer sabem escrever, não existe coerência em seus textos e os erros ortográficos são normais até no uso de É, no lugar de e E ou vice versa, ÇABÃO, e tantas outras aberrações. Para quê fazer ditado? Dá trabalho e além disso, alguns dos próprios professores da própria língua ao falar cometem erros de concordância e ao escrever os de ortografia, esses então nem se fala.
Uma vez dando aula de reforço da língua portuguesa, a uma aluna, ensinei o uso da preposição e pedi-lhe que exemplificasse o seu uso. Um dos exemplo foi: - Gosto muito de MECHER no computador. Assustada pedi-lhe, que procurasse essa palavra no dicionário. Claro que me disse que não encontrara, perguntei-lhe então de que maneira achava que poderia ser a letra que corresponderia ao fonema CH, respondeu-me que o X e foi procurar e encantada, respondeu-me que achara a palavra MEXER, falei-lhe que essa era a maneira correta de escrever e que sempre que tivesse dúvidas recorresse ao dicionário. Assustei-me MAIS AINDA, quando me disse, após instantes de reflexão, que a sua professora de português escrevia dessa maneira NO QUADRO.
Outra vez, em que dava aula de português na sala de aula, pedi uma redação aos alunos. Um dos melhores alunos terminou e veio trazê-la para mim, na primeira passada de olhos, percebi uma alta incidência de erros de ortografia e pedi-lhe que revisse a redação e com o uso do dicionário, procurasse sanar as suas dívidas ortográficas, instantes depois devolveu-me tudo da mesma maneira, foi aí que me dei conta de como era crédula, ao pressupor que o aluno que havia fixado tão bem os erros ortográficos, poderia titubear, acreditando que eram erros, logo devemo--nos preocupar com cada aluno e cada faceta das dúvidas aparentes e não aparentes, ou seja os erros fossilizados.
Para onde vai a educação? Como a língua: a matemática e as demais disciplinas estão tão falidas quanto, esta.
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