PESQUISA DE ADELAIDE ABREU-DOS-SANTOS
O
albinismo (do termo em latim albus, "branco"; também chamado de acromia, acromasia
ou acromatose) é uma doença congênita
caracterizada pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, cabelos e olhos, devido à
ausência ou defeito de uma enzima envolvida na produção de melanina. O
albinismo resulta de uma herança de alelos de gene
recessivo e é conhecido por afetar todo o reino animal. O termo mais comum
usado para um organismo afetado por albinismo é "albino".
O
albinismo é associado com um número de defeitos de visão, como fotofobia, nistagmo e astigmatismo.
A falta de pigmentação da pele faz com que o organismo fique mais suscetível a queimaduras solares e câncer
de pele.
O albinismo é uma doença de natureza genética em que há um defeito na produção pelo organismo de melanina. Este defeito é a causa de uma ausência parcial ou total da pigmentação dos olhos, pele e pelos do animal afetado. Também aparecem equivalentes do albinismo nos vegetais, em que faltam alguns compostos corantes, como o caroteno. É uma condição hereditária que aparece com a combinação de genes que são recessivos nos pais.
Os
principais tipos de albinismo são os seguintes:
Oculocutâneo
(completo ou total) - em que todo o corpo é afetado;
Ocular
- somente os olhos sofrem da despigmentação;
Parcial
- o organismo produz melanina (ou corantes, se no vegetal) na maior parte do
corpo, mas em outras partes isto não ocorre como, por exemplo, nas extremidades
superiores.
Etimologia
A
palavra albinismo deriva do latim albus, que significa branco. Também é
conhecido como Hipopigmentação.
Nos
indivíduos comuns/médios o organismo transforma um aminoácido chamado tirosina na
substância conhecida por melanina. Para que haja produção de melanina devem ocorrer
uma série de reações enzimáticas (metabolismo) por meio dos quais se opera a
transformação do aminoácido Y (chamado tyr) em melanina, por intermédio da
acção da enzima tirosinase.
Os
indivíduos que padecem de albinismo têm este caminho metabólico interrompido,
já que sua enzima tirosinase não apresenta nenhuma actividade (ou esta é tão
pequena que é insuficiente), de modo que a transformação não ocorre e tais
indivíduos ficarão sem pigmentação.
Papel
da melanina
A
melanina se distribui por todo o corpo, dando cor e proteção à pele, cabelos e
à íris dos olhos. Quando o corpo é incapaz de produzir esta substância, ou de
distribuí-la por todo o corpo, ocorre a hipopigmentação, conhecida por
albinismo.
Transmissão
O
albinismo é hereditário, e transmite-se de duas formas distintas:
Autossómica
recessiva;
Autossómica
dominante;
Graus
de albinismo
O
albinismo completo se apresenta quando a carência da substância corante se
percebe na pele, no cabelo e nos olhos, sendo conhecido como albinismo
oculo-cutâneo ou tiroxinase-negativo. Estes indivíduos apresentam a pele e os pelos
de cores branca, e os olhos de tom rosado. Sofrem de transtornos visuais,
fotofobia, movimento involuntário dos olhos (nistagmus) ou
estrabismo e, em casos mais severos, podem chegar à cegueira. A exposição ao
sol não produz o bronzeamento, além de causar queimaduras de graus variados.
No
albinismo ocular, uma versão menos severa deste transtorno, apenas os olhos são
afetados. Nesta variedade do albinismo a cor da íris pode variar de azul a
verde e, em alguns casos, castanho-claro - e cuja detecção se dá mediante exame
médico. Nestes casos a fóvea (responsável pela acuidade visual, no olho) tende a
desenvolver-se menos, pela falta da melanina, que cumpre um papel central no
desenvolvimento do olho, nos fetos.
Os
filhos da lua
Os
albinos sofrem consequências devido à falta de proteção contra a luz solar
especialmente na pele e nos olhos.
Assim muitos preferem a noite para desenvolvimento de suas atividades, daí o
nome filhos da lua. Muitos albinos humanos sofrem dificuldades de adaptação
social e emocional.
Os
animais albinos, via de regra, não sobrevivem por muito tempo em seu meio
natural em virtude de sua debilidade ante os raios solares e ainda porque sua
falta de coloração os delata facilmente, quer para suas presas, quer para seus
predadores.
Deve-se
diferenciar, porém, os animais albinos daqueles que possuem a coloração branca
(ou leucísticos). Comumente são vendidos animais como albinos quando na
realidade trata-se de animais de pelagem branca mas que ainda assim possuem
melanina em seu organismo, como ocorre aos ursos do Ártico.
A
vida em cativeiro dos animais albinos é, sem dúvida, a única forma de manter
sua sobrevivência. Por sua beleza e raridade, tornam-se atração em alguns
zoológicos do mundo, como os seguintes:
O gorila chamado Floco de Neve (Floquinho de Neve), único albino conhecido de sua espécie, que
vivia no Zoológico de Barcelona, até sua morte causada por câncer de pele em 24 de
novembro de 2003.
Viveu por 40 anos, e nasceu na Guiné Equatorial.
No
zoológico de Barranquilla (Colômbia)
vive um espécime de macaco-aranha albino, da espécie Ateles ater, conhecida
popularmente pelo nome de Marimonda.
Mecky
Way, um ouriço criado em liberdade, na Alemanha.
Snowdrop,
um pinguim sul-africano
albino, que vivia no zoológico de Bristol (Reino Unido) até sua morte em agosto de 2004. Era um dos
quatro casos documentados de albinismo nesta espécie.
Os
espetaculares pavões reais albinos dos zoológicos de Connecticut (Estados Unidos) e Lahore (Paquistão), Cangurú, nascido no zoológico
de Brasília(Brasil).
Mince,
uma cobra albina de 2 cabeças, que foi vista numa exposição de animais exóticos
na Suíça.
fim
Nenhum comentário:
Postar um comentário